As Novas Mulheres

Há muitas discussões,desde que essa nova sociedade, começou a ter maior poder através da liberdade maior de expressão, liberdade de pensamento e atitude, com tudo que o moderno trouxe de novo, vieram também os paradigmas, contradições sobre o comportamento moderno se realmente houve uma evolução, com relação as nossas antigas tradições, éticas antigas e costumes que acabaram batendo de frente com o novo, o abandono das regras que regiam a nossa sociedade menos expressiva, menos liberal, mudanças de ótica, quanto ao que se define certo ou errado, ou melhor, o abandono da preocupação do certo e do errado, tendo em vista o benefício próprio. Estas são com certeza, as maiores indagações, perguntas e dúvidas, coisas que fazem com que a sociedade moderna viva parte do seu tempo, tentando encontrar o porquê que mesmo com todos os benefícios, ainda assim, a maioria de nós, ainda não está satisfeita com os resultados que vemos no nosso dia a dia.

1-FEMINISMO, DESMITIFICAÇÃO DA PUREZA FEMININA E A DESPREOCUPAÇÃO COM A PUREZA E SIM O BEM ESTAR EM SI DO SEXO FEMININO.

Bom, hoje em dia a nossa mulher brasileira, está mais livre de obrigações do lar, dos filhos, e daquela imagem de que a mulher tem de ser/manter-se pura até o casamento, preparando-se a sua vida toda, sendo “prendada” para ser uma boa mãe/esposa e mulher do lar, e depois deste ter sua vida toda preparada para isso, levar pelo resto dos dias seus ou de seu parceiro (esta palavra “parceiro” surgiu recentemente quando se trata do acompanhante de uma mulher em uma relação, antes era comumente usado “marido, esposo”, porque este parceiro era além de oficial, era mais definitivo, à medida que a mulher deixou aquele papel de “do lar” e passou a ter o homem não como acompanhante oficial para si, e sim como apenas um acompanhante momentâneo, seja para sexo somente ou companhia, em que ela (mulher) tem a liberdade da escolha e troca quando bem assim entender ou quando entender que suas aspirações não estão sendo concretizadas ao lado desse homem, a mulher não tem encarado a companhia de um homem como provável futuro marido, nem muito menos pai de seus filhos, por isso, o homem para a mulher moderna hoje, tem sido um parceiro, ou seja, nada oficial.
Mas isso hoje, ao contrário do que se achava, está trazendo muitas polêmicas dos dois lados, ou melhor, de vários lados porque são vários tipos de pensamentos em relação a esta questão.
De um lado, homens mais antigos, criados de acordo com as normas antigas de pureza da mulher, em que ela teria que ao conhecer seu primeiro homem, casar-se e passar a ser somente dele.
De outro lado, o homem moderno, que faz parte da árvore genealógica do antigo, porém, mais moldado pelas novidades e pela nova visão dos relacionamentos modernos, mais adaptável ao que muitos chamam de individualismo, que hoje dizem ser o responsável principal pela mudança do comportamento antigo para o novo. Neste modelo, cada pessoa pensa em si própria muito mais do que na dupla em qualquer relação que esta entre.
Aí também estão as novas mulheres, que receberam um grande convite do moderno para que possam ter a liberdade maior de escolher, e trocar quando bem entenderem de parceiro.
Mas, assim também como homens antigos, ou melhor, ainda cultivadores da cultura em que a mulher era de um só homem, estas também ainda carregam aquele antigo modelo de comportamento feminino, e com isso abusam de críticas estas novas mulheres de nossa nova sociedade.
Bom, agora pelo menos um pouco podemos entender o porque então tanta repercussão sobre um assunto, e o motivo é este:
- O choque das culturas!!

Assim como um ocidental quando entra em um mundo de cultura oriental, leva um susto ao ter que conviver e quem sabe, dependendo do seu querer, se adaptar a este novo modelo, assim também, a nova cultura nos relacionamentos bateu de frente com a antiga por um fato que possa ser o maior motivo deste choque:
A pureza feminina, a liberação sexual feminina, a não necessidade da mulher em escolher seu homem e ficar com ele até o fim da vida dele ou dela.
“- Eita coisinha polêmica essa, em todo lugar que eu passo, onde eu vejo discussões, principalmente em se tratando de lugares onde se discutam esse assunto -relacionamento-, homens e mulheres debatem, discutem e às vezes brigam cada um por sua idéia ou pensamento sobre este assunto.
Eu andei observando todos os comentários ao longo de algum tempo, não exatos dois anos, e notei uma semelhança muito grande no consenso entre faixas etárias iguais ou próximas, quase que defendendo um mesmo pensamento, uma mesma idéia.”“.

Vamos aos grupos de idéias então:
- Mulheres jovens de faixa etária entre 15-25 anos:
Vejo que há o parecer muito semelhante sobre este assunto. Elas, as novas mulheres hoje quase que 100% aprovam o novo modelo em que a mulher hoje tem a liberdade de crescer, conhecer seus parceiros, ter experiências livres de cobranças de pureza, despreocupação com o hímen, em que estas o consideram apenas como um “pedacinho que carne” que a presença ou a ausência não interfere no caráter, nem mesmo na cabeça e responsabilidade feminina sobre o sexo.
A defesa dessa idéia se liga a que esta nova mulher por não ter essa obrigação/preocupação em se “guardar” para o seu futuro marido/esposo, existe muito mais consciência na escolha, e conseqüentemente poder ter a partir dessa liberdade de escolha, uma melhor escolha do seu parceiro para um futuro relacionamento.
Há que se dizer ainda, que esse grupo, também foi fortemente influenciado pelo pensamento feminista (Não vou colocar definições do feminismo, nem como começou, mas apenas comentar sobre o que ele tem modificado em nossas mulheres brasileiras, até porque não é uma matéria científica, e sim uma discussão sobre estes temas que todos vivem dia a dia discutindo), em que se critica severamente os moldes antigos, em que a mulher era “do-lar”, às vezes críticas tão pesadas, que chegam até aos ouvidos das mães, que tiveram aquela educação, e por conta de alguma decepção sofrida, as novas mulheres, justificam estas decepções justamente àquele molde antigo em que viviam as mães e avós.
Quem nunca ouviu uma filha dizendo à mãe:
“- A senhora acha que vou ser como você, passar, lavar e cozinhar como uma empregada? Quero trabalhar, estudar, ter um futuro! “ ( sobre isto, a polêmica é maior ainda, porque têm-se a idéia de que a geração antiga era frustrada, defendida esta idéia pelas novas mulheres).
É claro que houve um ganho com todo este comportamento moderno e ainda quando foi iniciado, no final da década de 80, início de 90, foi chamado de rebeldia feminina ao patriarcado, ou seja, ao mando do homem na relação, passando a mulher a também deter mais poder e tomar decisões na relação, onde começou a aceitar com mais naturalidade a idéia de que a mulher tem o mesmo valor do homem na relação.
Agora, você que está lendo, seja de qual dos grupos você for, vem à pergunta sobre os ganhos que isto trouxe, e se você é do grupo contrário, com certeza, espera e tem em sua mente já os grandes defeitos e problemas também de tudo isso.
A visão dos ganhos como eu já disse, depende da visão de cada grupo, para este grupo feminista e para a sociedade em geral, a mulher entrou no mercado de trabalho, e como integrada a ele, e em muitas vezes, ocupando lugares de homens em trabalhos no comércio, que justamente começou a ganhar peso, com a chegada da mulher, que passou a desempenhar este papel com muita capacidade quanto ao que se refere à sensibilidade exigida neste ramo, também foi ótimo para a classe empregadora que poderia oferecer salários menores aos dados aos homens, e isto porque?
Porque praticamente, como sabemos, sempre a obrigação dentro de uma família, ou de uma relação, mesmo sem a existência de filhos, sempre foi do homem em colocar o necessário para a sobrevivência dessa família no quesito material; ou seja, o salário da mulher, apenas viria como uma renda extra no orçamento familiar. Isto foi um dos grandes motivos para que a mulher fosse empurrada ao mercado de trabalho, e isto se juntando também a idéia de independência que a mulher teria se tivesse seu próprio ganho, fortalecendo a idéia que de a mulher viesse a depender menos do homem.
Esse talvez foi o grande passo para essa revolução feminina nas relações, o desprendimento da dependência do homem em sua vida, foi isso, indiretamente que se entende como feminismo ou pensamento feminista.

- Homens do grupo que defendem a pureza feminina:
Não coloquei regra de idade sobre este grupo porque tenho visto que não há uma homogeneidade de faixa etária desse grupo, mas posso dizer que o principal pensamento que move este grupo é o pensamento da pureza da mulher, como valorização da mesma na relação.
Deveríamos estar falando de homens com faixa etária entre 30 + , porém, em tudo isto que li e que vi, vejo homens ainda com seus 18 anos que exigem este tipo de comportamento feminino.
Bom, vou colocar o que observei sobre a visão deste grupo e sobre algumas anotações pessoais sobre isso:
De modo geral, este grupo não aceitou enxergar a mulher como sendo uma pessoa que tivesse livre arbítrio suas relações, o tempo de duração delas, a troca de parceiros quando isto for de gosto feminino, nem mesmo a liberação sexual feminina, tendo antes de estar com seu parceiro digamos “definitivo” ter estado com outros antes deste.
Tudo isto tem que ser analisado e não apenas criticado, por quem quer que seja, de qualquer outro grupo que não seja este.
1º O choque cultural foi maior para este grupo, que de modo geral dá bastante valor para a pureza e as experiências sexuais da mulher antes de ela entrar em uma relação.
Eles fazem uma co-relação entre “quantos parceiros ela teve antes de o conhecer + porque trocou todas estas vezes de parceiro, colocando por isso em dúvida o caráter ou o desvio de caráter + a possibilidade de ela trocar de novo caso algo não esteja em conformidade na concepção dela = (resultado) uma insegurança+instabilidade dessa relação. Uma relação que a qualquer hora possa terminar, que ela (mulher) possa decidir terminar a qualquer momento. Essa idéia desse grupo se alia também ao fato da dúvida da fidelidade feminina.
Talvez, seja fácil para se criticar este tipo de pensamento, principalmente pelo primeiro grupo que citei, das novas mulheres, os colocando como inseguros ou possessivos; Porém, há que se ver que, somente a idéia de que uma relação possa acabar a qualquer momento, não deixa tranqüilo alguém que comece uma relação com a idéia longínqua de terminar algo que recém começou.
Porém, as críticas deste grupo são muitas vezes pesadas a estas novas mulheres, denúncias de prostituição são as mais comuns, desrespeitos, infidelidades femininas etc. Mas acredito que este grupo critique muito mais porque pesa mais para ele, o fato da mulher moderna, não acomodar-se com até uma provável estabilidade em uma relação, ou seja, aquilo que chamamos de relacionamento estável ou duradouro. Acho que uma coisa puxa a outra, neste caso.
Quanto à família também há uma resistência por parte deste grupo da mulher no mercado de trabalho, não tanto por ocupar cargos em si, mas acredito que mais pelo motivo que assim, a mulher deixe de pensar em ser uma mulher que seria uma futura esposa/mãe, para continuar sendo uma namorada indefinidamente, por tempo indeterminado, e mesmo assim, nunca antes dos 30 anos ela será aquela esposa/mãe, o que bate de frente com a questão das experiências sexuais que ela terá até lá. Essa é a maior briga desse grupo com a idéia feminista, do feminismo ter “estragado” as futuras esposas e mães de seus filhos.
A princípio, também a religião bate a favor deste grupo, onde também é evidenciada a pureza feminina, fazendo dela uma co-relação com o caráter da mulher. Talvez seja por isso que a religiosidade não faça tanto parte da vida do novo grupo de mulheres, as mulheres modernas, como dos homens modernos, que será o outro grupo a ser destacado. A religião, principalmente em nosso país onde há o catolicismo, como o protestantismo, mas falando da religião em si, onde a mulher sempre cobrada é a principal responsável e merecedora por fazer um casamento dar certo, ou uma relação, hoje, existe uma resistência feminina contra os preceitos que a religião ainda cobra dela. Isso com certeza, afastou e muito as mulheres modernas e jovens da religiosidade.

- O grupo das mulheres nos antigos moldes podem ser encaixados na faixa etária entre 40+ :
Não há muito que eu falar sobre este grupo, apenas que tiveram por parte de algumas integrantes dele, parte uma aceitação, outra parte ainda, criticam severamente o comportamento atual feminino.
Algumas culparam exatamente a falta de liberdade que tinham a seus casamentos ruins. Porém eu ressalto que não se pode desviar a culpa de casamento arranjado pelos pais, ou então a um casamento dado devido uma gravidez inesperada, por conta de uma cultura que obrigava ao casamento, a um fracasso por falta dessa liberdade atual, acho pessoalmente um desvio de responsabilidades, ou melhor, de culpa.
Outra parte deste grupo critica severamente o comportamento feminino, em defesa que este mancha a imagem feminina criada em gerações que a mulher é que sempre nas relações era quem que preocupava e mantinha a dignidade e o respeito, mesmo sem ter-lo tido recebido.

- O grupo dos homens modernos:
Este grupo de homens, eu os encaixo em todas as faixas etárias, porque em todas delas temos este tipo de homem moderno, e isto se deve a ou experiências ruins com estas novas mulheres, ou a aceitação de que tenha de se adaptar a nova realidade feminina, e estar-se atualizado a ela, ou então por conta de crescer nela, na nova realidade.
O que este homem espera da nova mulher?
Resposta: Nada!
Ele não espera, não cobra mudanças de comportamento, não cria expectativas em cima do futuro, não cria tantas esperanças, porém não é negativo, pelo contrário, ele só não é sonhador, larga de seus sonhos para viver a nova realidade. Ele é melhor que os outros do outro grupo? Não!
Apenas diferente. O primeiro grupo de homens que citei, ainda no fundo deseja ter aquela velha mulher namorada e poder vê-la junta a si depois de algum tempo, este homem, vive mais o momento, pode até pensar em ter esposa, filhos, mas não de maneira concreta e não firma este pensamento ao encontrar qualquer que seja a mulher. Talvez a diferença fundamental seja esta:
Ele não materializa futuro com a mulher que encontra. Posso dizer que é mais ou menos o mesmo pensamento feminino, ou pelo menos parecido, por isso há maior compatibilidade entre o grupo de mulheres modernas, com este grupo de homens. Não que não seja a intenção da mulher moderna ter alguém do seu lado e vê-lo sempre ao lado, mas me refiro ao fato de este grupo de homens por não transparecer aquela pressão de compromisso que o primeiro grupo transparece, e é isto que faz com que seja este mais bem visto por estas novas mulheres.
Bom, falei sobre algumas características dos grupos basicamente, é claro que há mais ainda sobre isto por falar, qualidades e defeitos dessa nova mulher, sob o ponto de vista destes grupos. Falarei sobre isso no próximo post.


Cabe agora a você tirar suas conclusões sobre isso.